Posso dizer que um bocado de coisa já mudou desde a última
vez em que escrevi algo por aqui. Nem tanto na minha rotina (que basicamente é
a mesma – trabalho, academia, internet etc.), mas na percepção pessoal dessa mesma
rotina e na minha forma de senti-la.
Já não estou mais muito entusiasmado com a possibilidade do
Dr. Suzuki assumir a chefia do cartório em que trabalho. De fato, ele parece
alguém de ótima índole, que reflete uma amabilidade fora do comum no trato com funcionários,
estagiários, etc. Para encurtar a história, acontece que o Dr. Suzuki “dá muita
razão” a advogados, segundo nos parece. Isso pode ser um problema sério para
nós funcionários, posto que desavenças entre nós (funcionários) e eles
(advogados) são frequentes no dia-a-dia do nosso ofício. O juiz anterior (de quem
reconheço ter falado muito mal numa postagem anterior, talvez com excesso de
rigor), apesar dos pesares, sempre erguia a voz em defesa do cartório, ou seja,
da razão dos funcionários. Um juiz como Dr. Suzuki, ao fazer concessões aos
advogados, acaba sabotando a “moral” dos cartorários em nossa iniciativa de
conduzir os serviços da forma mais eficiente possível – o que seria melhor, em
tese, inclusive – e principalmente -, para os advogados.
Agora, sobre o final de semana passado. Fui ao casamento do
meu primo William no sábado (viajei para São Carlos, a umas três horas e meia
de ônibus daqui, na sexta à noite). A verdade é que eu não estava nem um pouco motivado
a ir a esse casamento, por vários fatores. Primeiro de tudo é que precisei ir a
outra cidade e, segundo, não sou muito afeito a ir em casamentos. Por alguma
razão, cerimônias de casamento me transmitem algo de nostálgico – na acepção deprimente
da palavra; uma atmosfera de melancolia. Além do mais, levando em conta que
minha família é inteiramente cristã evangélica, imaginei que seria mais um
casamento descolorido, enfadonho e monótono como tantos outros. Felizmente, eu
estava errado: teve música (forró, sertanejo e tudo de que não gosto), cerveja,
vinho e algumas mulheres bonitas. Senti-me especialmente atraído pela irmã da
noiva, sobre quem perguntei ao meu primo e sua consorte. Disseram-me que ela
não gosta de homem, e que mora no estado do Mato Grosso com uma namorada. Achei
engraçada a situação (a minha, não a dela), e continuei a tomar muito vinho e a
conversar com quem me aparecia na frente. Dancei com minha tia Teca e sua amiga
Maria, o que foi bastante divertido e bem inusitado.
O casamento começou lá pelas 11 da manhã e terminou por
volta das duas da tarde. Cheguei à casa da minha avó, onde meus pais estão
ficando nestes dias, e dormi praticamente por todo o restante daquele dia. No
domingo de manhã meus pais me levaram de carro à rodoviária, mas tão logo se
foram eu desviei caminho e fui procurar meu amigo Nataniel, que está na casa de
uma irmã não muito longe dali. Caminhei até à lanchonete que sempre
mencionamos, em conversar na internet, ser um ótimo local naquela cidade para
um bom bate-papo. Estava fechada (afinal, era domingo de manhã). Tentei ligar
para o celular dele, mas por alguma razão não consegui completar a ligação. Fui
a uma outra lanchonete, comi um sanduíche, retornei à estação rodoviária e
peguei um ônibus de volta para São Paulo.
Nesse mesmo domingo, à noite, fui ao parque do Ibirapuera
para pular corda como forma de aprimorar meu condicionamento físico (destaco-me entre meus colegas na academia por minha explosão de força, que é notável entre nosso grupo; porém, ultimamente sinto que estou deixando a desejar no fator "resistência", o que significa que meu desempenho piora vertiginosamente após alguns minutos num combate mais vigoroso).
Foi a primeira vez que pratiquei pular corda fora do ambiente da academia, o que talvez explique um certo embaraço que senti ali, ao ar livre, à vista do público no parque. Ainda assim, mandei muito bem no meu exercício: cansei-me bastante e suei aos cântaros. Combinei com a Alessandra de nos encontrarmos em outra área do mesmo parque (ela tinha ido assistir a um concerto coral), para depois irmos ao Habib’s comer uma salada e tomar suco. Nos encontramos à noite, fomos ao Habib’s e fizemos nossa refeição. Como de praxe, conversamos bastante sobre uma infinidade de assuntos diversos.
Foi a primeira vez que pratiquei pular corda fora do ambiente da academia, o que talvez explique um certo embaraço que senti ali, ao ar livre, à vista do público no parque. Ainda assim, mandei muito bem no meu exercício: cansei-me bastante e suei aos cântaros. Combinei com a Alessandra de nos encontrarmos em outra área do mesmo parque (ela tinha ido assistir a um concerto coral), para depois irmos ao Habib’s comer uma salada e tomar suco. Nos encontramos à noite, fomos ao Habib’s e fizemos nossa refeição. Como de praxe, conversamos bastante sobre uma infinidade de assuntos diversos.
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