Domingo, dia
09 de setembro de 2012.
Levantei da
cama já bem tarde e “perdi” toda a minha manhã de domingo. Usei as aspas por
achar questionável a afirmação de que uma manhã inteira de sono tenha sido tempo
perdido – afinal, o bom repouso também é parte importante de uma rotina
saudável e benéfica tanto à mente quanto ao corpo. Em todo caso, estava considerando dar um
passeio no Ibirapuera pela manhã, passeio este que só consegui realizar depois
das três da tarde. Vesti a calça folgada que uso na academia, coloquei o
nunchaku na mochila e fui treinar no parque por um bom período durante a tarde,
num trecho arborizado e livre do trânsito de pessoas. Pratiquei a forma de
nunchaku até a exaustão, além de chutes circulares à altura dos ombros,
utilizando uma arvorezinha delgada porém alta para referenciar a altura desses
chutes (o que não foi das melhores ideias, pois por menos espessa que fosse a
árvore, chutes repetidos me renderam um belo hematoma e dores no peito do pé
esquerdo, obrigando-me a suspender meu pequeno “treino” de tarde de domingo).
Tenho tido
sucesso em diminuir a dosagem de rivotril (clonazepan) de que faço uso
corriqueiramente à noite para dormir. De muito tempo habituado a tomar 2 mg
desse tranquilizante todas as noites, consegui bons resultados com doses de 1
ou 1,5 mg ao longo dos últimos cinco ou
seis dias. Qualquer pessoa que faça uso diário de rivotril (clonazepan) sabe
que cortar a dose praticamente pela metade é de fato um grande progresso. Quanto à ritalina (o estimulante),
praticamente não tomei nada desse medicamento ao longo de toda a semana.
Tive uma
ótima semana em relação ao meu trabalho e aos treinos de kung-fu. Houve um dia em
que conversávamos no cartório à hora do café da tarde sobre trabalho, vocação,
realização profissional etc. O Tony, chefe do cartório contíguo ao nosso, disse
que na vida sempre só trabalhou naquilo que gostava, e que jamais se submeteria
a uma rotina de trabalho que não o apaixonasse. César, que trabalha comigo,
alimentou a conversa ao declarar que não gosta de trabalhar no tribunal, mas
que está diligenciando esforços no sentido de seguir sua vocação de pastor
protestante, o que deve tirá-lo do tribunal por volta do mês de dezembro.
Importante destacar, aqui, que escuto o César repetir estas mesmas palavras
desde 2001 ou 2002, ou seja, há mais de dez anos... Gaba-se de que está
viabilizando uma carreira eclesiástica que nada tem a ver com o judiciário,
tem-se vangloriado disso por todo esse tempo quase que diariamente, porém
continua entre nós a bater carimbos até a data de hoje. Também tenho sérias
dúvidas quanto à vocação deste colega para pastor: trata-se de alguém que não
tem a menor solidariedade com os colegas na rotina do trabalho (adora empurrar
o máximo de serviço possível para outros funcionários ou estagiários; numa
atitude altamente individualista e de coleguismo no mínimo duvidoso). Pressupondo-se
que um pastor evangélico (ou qualquer líder religioso) deva ter certa empatia
para com as necessidades dos demais seres humanos, tenho sinceras dúvidas
quanto à vocação pastoral do César. No entanto de uma coisa estou certo: o que
o motiva a ser pastor não é o bem de outra pessoa que não ele próprio.
Falando um
pouco sobre meus planos de viagem. Na sexta-feira consegui comprar as passagens
de ida e volta com a ajuda de minha amiga Sandra (que trabalha na mesma
companhia aérea onde conseguimos o voo). Já decidi que irei passar oito dias em
Londres e sete em Edimburgo, estando as reservas já devidamente arranjadas nos
albergues das respectivas cidades. Como será uma viagem de cerca de três
semanas, ainda não tenho como certo o roteiro para a semana última;
provavelmente irei numa excursão de dois ou três dias à região das highlands,
Loch Ness etc., para em seguida me hospedar em Belfast por um período breve (de
onde poderei dar uma rápida passada em Dublin – coisa de um dia). Encerrando o
roteiro, deverei partir de Belfast para tomar o voo de volta em Londres na
noite do dia 09 de dezembro. Em todo caso,
a única parte do roteiro que já estabeleci foi o período em Londres e em
Edimburgo; ainda não fechei definitivamente os planos daí pra diante. Estou
entusiasmado com esta viagem: acredito que será um tempo de grande aprendizado
pessoal, e isso não só em termos de exercício da língua inglesa, mas também de
cultura, convívio com pessoas de variadas nacionalidades, etc. Enfim, uma grata
experiência que levarei comigo pelo resto dos meus dias.
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