quinta-feira, 12 de julho de 2012


Segue o link de um vídeo de luta editado pelo Prof. Marco, em treino realizado no último sábado (07 de julho) na academia.


http://www.youtube.com/watch?v=fF5XdExgO9I&feature=youtu.be

Estes combates ocorrem a cada duas ou três semanas, e os vídeos são ferramentas muito úteis para posterior análise de falhas e acertos dos alunos a cada luta, com vistas ao aprimoramento da técnica marcial e da performance na prática de boxing. Este vídeo em particular contém dois rounds em que combatemos eu e o Professor. Obviamente, foi o Prof. Marco quem dominou plenamente os dois rounds do início ao fim. Quanto a mim, fico feliz em estar evoluindo em meu treinamento de San-da (boxe oriental) a cada dia de treino; e é claro que ainda tenho muito à frente para aprender.
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Terça-feira, dia 10 de junho de 2012.
À hora de sair para o intervalo do almoço, no trabalho, verifiquei meus bolsos e mochila e notei que minha carteira com dinheiro e documentos não estavam lá. Meu chefe Osmar L. emprestou-me uma nota de R$ 20 (10 USD) para que eu pudesse ir ao restaurante, e no ensejo aproveitei para comunicá-lo que talvez eu demorasse um pouco mais para retornar, dado que caminharia até em casa à procura da tal carteira. Em vez de ir propriamente a um restaurante, passei numa lanchonete e pedi duas empadas acompanhadas de um suco. Enquanto lanchava, percebi que minha carteira estava em um bolso lateral meio escondido da mochila. Paguei a conta da refeição e liguei para meu amigo da academia, Alexandre R., para saber se poderia fazer-lhe breve visita a fim salvar as lutas de sábado (dia 07) no meu pendrive. A resposta dele foi positiva, caminhei até seu apartamento no bairro da Liberdade onde ele me ofereceu uma cerveja e conversamos por algum tempo, enquanto ele copiava as lutas para meu dispositivo. Tenho grande respeito e admiração pelo espírito de luta deste meu amigo Alexandre R. Ainda no intervalo para o almoço, passei numa loja de artigos orientais a fim de comprar umas lembranças para os meus sobrinhos que vieram com sua família passar alguns dias aqui em São Paulo, estando hospedados nos meus pais. Comprei um nunchaku de plástico revestido de material esponjoso para o Lucas – o garoto veio aqui em casa e viu meu nunchaku de madeira; ficou realmente fascinado pelo artefato. Prometi-lhe que daria a ele, de presente, um nunchaku também muito legal, mas de plástico – para evitar que se machucasse. Também comprei uma pequena lembrança para minha sobrinha R. Ingrid, um sino dos ventos – daqueles com vários pequenos cilindros de metal alinhados em fios de náilon, e que penduramos como enfeite próximo a portas ou janelas produzindo o som de vários sininhos sempre que venta.
À noite fomos todos para uma apresentação do violinista André Rieu (não sei se ele é francês ou Holandês – apesar do nome mais pra francês), que se apresentava no estádio do Ibirapuera. Particularmente não é o tipo de espetáculo que eu pagaria para assistir: R$ 140 (ou 70 USD) para escutar valsinhas de Strauss e outras músicas “pop” do repertório clássico. Ok, devo admitir que Stravisnky, Schöenberg ou Alban Berg ainda são demasiadamente sofisticados para mim, e talvez sempre o sejam. Ao meu gosto, cairia melhor algo mais “digerível” como Mähler, Sibelius e Rachmaninov. Mas o repertório do André Rieu... Bem, para quem conhece, sem comentários. Não considero uma performance da música erudita (nem de longe!), mas sim um show de cores, comédia, musicistas bonitas (e este item em particular eu achei ótimo) e fanfarronices para um público que jamais assistiria a um concerto com peças clássicas de nível realmente sofisticado. Ainda assim, foi um bom entretenimento ter estado presente ao evento, mormente por conta dos meus queridos familiares que lá estiveram: meus pais, meu irmão G. Lúcio, sua esposa e os filhos Lucas de doze anos e R. Ingrid de dezesseis.


Meus pais, minha cunhada A. Mendes, meus sobrinhos e eu frente ao Estádio Ibirapuera.
Mão da R. Ingrid ao centro - sou o único que nota certos detalhes interessantes na família.


Considerando-se que sou alguém quase sempre como um peixe fora d’água em meio à própria família, e uma pessoa que se questiona até que ponto é parte de alguma família de fato (não por qualquer má vontade minha ou de meus familiares, mas por fatores como divergentes concepções de mundo, crenças e outras discrepâncias em quase todos os sentidos), achei muito positivo o saldo deste encontro familiar no evento especial desta noite. Minha mãe, sempre disposta a fortalecer os laços familiares entre seus filhos e netos, sem distinção, foi quem pagou o preço de todas as entradas.
Ao chegarmos de volta a casa de meus pais, finalmente presenteei o sobrinho Lucas com seu nunchaku de plástico (mesmo sendo “de brinquedo”, não deixa de ser um nunchaku bonito, preto e ornamentado com temas orientais ao longo dos cilindros). Recebi um abraço carinhoso deste querido sobrinho, e em seguida anunciei à sua irmã R. Ingrid que havia trazido algo especial também para ela: dei-lhe a caixinha embrulhada contendo o sino dos ventos, pelo que também recebi um abraço amável e agradecido.
A terça-feira foi um dia cheio de detalhes de pequenas coisas agradáveis, aparentes banalidades que carregam da vida todo encantamento que, de maneira simples, quase sempre está ao nosso alcance; mas que no fim das contas nem sempre percebemos em nosso dia-a-dia de pessoas comuns.

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