Sábado, 23 de junho de 2012.
Despertei às nove para ir à academia, mas
terminei por me arremessar de volta à cama numa atitude de total desistência do
treino de hoje - treino sabatino geralmente árduo, suado e por demais
extenuante (aprecio isso tudo, é claro; mas nesta manhã sábado definitivamente
não!). Levantei de vez só depois do meio-dia, sem qualquer resquício de perda
ou culpa por ter me permitido esse descanso “imprevisto” de hoje.
Resolvi tomar minhas três latas de Valentins
Weissbier no período da tarde, assistindo a documentários ou noticiários do
History ou da CNN pela televisão (é muito raro que eu assista qualquer coisa na
televisão – mas para acompanhar minha cerveja especial, digamos que eu achei
necessário ter alguma “companhia”).
Ainda durante a tarde fiz uma boa rearrumação
em minha estante da sala: meus DVD’s, CD’s, documentos e livros estavam
realmente desorganizados na estante, dando a impressão de ter sido violada e
revirada às pressas por um ladrão. Obviamente que meu apartamento ainda está
consideravelmente deixando a desejar em termos de limpeza e organização, mas ao
menos a estante na sala já apresenta bom aspecto – é sempre necessário começar
por algum lugar, afinal. Catei muitos documentos antigos como conta de energia,
comprovantes de pagamento de salário, faturas de cartão de crédito e talões de
cheque de dez anos atrás; todos eles sem qualquer utilidade hoje.
Despejei tudo num saco plástico, mas tive
receio de lançar no lixo tanta documentação contendo dados a meu respeito (endereço,
local de trabalho, rendimentos etc.) Pensei em comprar uma máquina de picotar
papel, e foi atrás disso que me empenhei ao fim da tarde deste sábado. Fui ao
shopping Light próximo ao Teatro Municipal de São Paulo, onde sempre soube que
havia uma famosa papelaria, grande e sortida em equipamentos para papel. A
caminho do shopping, captei esta bela imagem do pôr-do-sol na rua da Abolição,
numa região de casarões antigos habitados por pessoas da classe média baixa. Apesar
da aparência do tamanho, são casarões de uma rua modesta, habitados por gente
singela, honesta e batalhadora. Mas o espetáculo da abóbada celeste ao
pôr-do-sol com todas as nuances de cores e tonalidades ao fim do dia (que minha
máquina nem de longe consegue captar...), é um espetáculo para toda essa gente humilde
também.
Não encontrei a tal papelaria quando
finalmente cheguei ao shopping Light; um guarda de segurança me informou que
não havia mais esta loja naquele centro comercial há muito tempo. Tomei meu
caminho de volta, pensando em como me livrar eficientemente de tanta
documentação velha e inútil dentro de casa.
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