domingo, 10 de junho de 2012

Sábado, 09 de junho de 2012.
Despertei às nove mas ainda embromei na cama por alguns minutos, sem levantar. Fiquei pensando se seria boa ideia ir à academia às dez, pois tive outra noite pessimamente dormida (menos de quatro horas no total) e, ao que tudo indica, não estarei completamente recomposto para este treino de sábado - que é geralmente mais intenso, tendo em vista que somente os alunos mais experientes é que vão treinar na manhã de sábado. É uma tipo de "seleção natural", com o consentimento do Marco e de todos nós, seus alunos. Optei por deixar o desencorajamento de lado, deixei a cama num ímpeto e fui à cozinha para tomar os suplementos que normalmente utilizo no intuito de melhor render nos treinos: aminoácidos, creatina, e um composto de cafeína, taurina e sinefrina (esta última é um extrato de cascas secas de laranja, que acelera o metabolismo e otimiza o desempenho muscular e a queima de calorias para melhor desempenho numa sessão de exercícios).
A rotina foi realmente puxada na academia conforme se supunha de antemão. Minha energia estava ótima, sendo isso uma grata surpresa pra mim - se for levado em conta que dormi bem pouco e somando-se o fato de que o treino do dia anterior também já havia sido bastante intenso.
Voltei ao meu apartamento, liguei o PC e comecei a redigir o material referente ao dia de ontem para este Blog. Como não tenho prática em construir Blog, somente hoje entrei na área de administração de estatísticas de visualização da página. Pouquíssimos acessos, como já era de se prever. O curioso é que, pelo que pude interpretar desses dados estatísticos, existe alguém na Alemanha e que tem demonstrado interesse em acompanhar os relatos aqui postados diariamente. Experimentei real contentamento ao saber disso, e aproveito para expressar a você, Jemand aus Deutscheland, todo meu apreço de pessoa simples, comum e anônima que eu sou, e de pessoa que sabe reconhecer a importância das coisas consideradas pequenas - mas que carregam com elas o que há de mais valioso em nossa condição humana. Vielen Dank, mein Freund.

Finalizadas minhas anotações, almocei na casa dos meus pais. Não permaneci muito tempo por lá: resolvi passar o resto do dia em atividade, não confinado em algum apartamento ou em quatro paredes. Percebia que agora sim o sono pretendia me tomar de assalto, e não estava entre meus interesses perder uma tarde estirado na cama ou no sofá, dormindo. Fui a um salão de cabeleireiro, aqui mesmo no bairro, e pedi um corte com máquina um nas laterais da cabeça e corte com tesoura na parte de cima. Gostei do corte; já faz tempo que vou a este salão, que apesar de não cobrar caro, presta um serviço que considero realmente bom.




Subi até a Paulista. Aproveitei e parei num barzinho cujas mesas ficam expostas no calçadão - não é o mesmo bar que fui na semana passada: este é mais simples, mas com localização muito boa devido ao panorama de visão. Enquanto tomava a primeira cerveja, notei que se aproximava um barulho de multidão e carro de som, proveniente de uma direção incerta. Percebi então que se tratava de uma passeata de lésbicas contra a homofobia. A polícia prestava suporte aos manifestantes que desfilavam ao longo da Paulista com bandeiras, cartazes e faixas multicoloridas. Apesar de ser uma passeata de grupos de lésbicas, notei que havia um grande número de homens desfilando em meio à multidão. Pedi outra cerveja que, por sinal, estava geladíssima. O termômetro da avenida marcava 19º, mas a sensação térmica que eu experimentava, calculo eu, era de cerca de 14º ou menos ainda. Ventava muito, um vento incômodo e frio, e além do mais eu me encontrava num ambiente aberto a tomar uma cerveja exageradamente gelada. Terminei esta segunda cerveja, paguei a conta e me dirigi ao parque Ibirapuera, a pé, a fim de encontrar um lugar amplo e com pouco tráfego de pessoas de modo a me permitir treinar o nunchaku que eu carregava dentro da mochila. A noite começava a se pronunciar e a temperatura caía ainda mais, especialmente lá no parque. Encontrei um lugar bem apropriado, livre do trânsito de pessoas, um gramado amplo entre grandes árvores. Comecei a praticar os movimentos e sentir o frio desaparecendo de forma gradual, de modo que precisei tirar a jaqueta e pendurá-la junto com a mochila num pequeno arbusto em meu local escolhido para treino. Devo ter ficado apenas nos movimentos de nunchaku por quase uma hora, até que me ocorreu a ideia de praticar chutes frontais, laterais e circulares; para medir a distância e altura desses chutes usei como referencial uma árvore de tronco expesso e casca macia - afinal, considerando-se a possibilidade de arremessar o pé com toda força contra uma árvore, melhor é que essa árvore não tenha um revestimento duro (se é que isso faz alguma diferença de fato). 
Devo ter ficado no parque, treinando, por cerca de umas duas horas. Peguei um ônibus na Brigadeiro e desci novamente na Paulista, indeciso se assistia a um filme no cine Reserva, como fiz semana passada, ou se comia algum lanche bem apetitoso, calórico e cheio de colesterol ruim. Optei por até o shopping próximo dali e pedir uma fatia de mussarela no Pizza Hut. Fiz o caminho lentamente de volta à casa dos meus pais, minha mãe me ofereceu frango e salada para o jantar. Parece que agora eu estava realmente cansado e com sono; meus planos para o dia de hoje parecem ter funcionado.
À noite, antes de dormir, resolvi abrir o MSN com o principal propósito de encontrar minha amiga Luciane, a quem tenho enorme interesse de conhecer pessoalmente, ainda que para um simples café, chá, chope ou o que seja. Como sei que ela tem muitos compromissos e responsabilidades com que lidar, estou ciente de que não pode ser um encontro pessoal demorado. Mas como nunca nos vimos, e tendo em conta que nos conhecemos virtualmente talvez há anos, em conversas noturnas interessantes e esclarecedoras sobre nossas vidas (pelo menos para a minha, certamente - acredito que para a dela também), sinto necessidade de insistir com ela para encontrá-la um dia. Ademais, não moramos longe um do outro.
Encontrei-a online, o que me deixou bem feliz, e no meio da nossa conversa falei-lhe sobre este Blog. Como percebi seu interesse em ler, informei a ela o endereço para acesso. Incrivelmente, demorou apenas um punhado de minutos para que ela lesse tudo o que já foi postado até agora. Confesso que fiquei impressionado, pois apesar de este ser um Blog recente, já existe bastante material online disponível para ser lido. Como retorno a Luciane demonstrou ter gostado do que escrevi, dando-me algumas sugestões quanto à formatação para fins de otimização da leitura - que cuidarei de observar muito em breve. Mencionou também que eu havia grafado incorretamente seu nome, ou seja, como "Luciana". Realmente não sei onde eu estava com a cabeça quando escrevi isso; expliquei a ela que não a confundi, que jamais erraria o nome à toa, e que certamente havia grafado uma letra errada por conta do esgotamento mental que tem me assolado nos últimos dias.
Renovei o convite para nos vermos amanhã (domingo) no shopping center próximo a seu local de residência. Novamente, devido a compromissos profissionais, ainda não obtive da Luciane uma resposta quanto a estar disponível ou não para nosso café (ou suco, ou torta, ou chope).

Nenhum comentário:

Postar um comentário