quarta-feira, 20 de junho de 2012

Terça-feira, 19 de junho de 2012.
Li cerca de trinta e cinco páginas da apostila do curso de programação (internet, redes, TCP/IP). Assuntos complexos num contato à primeira vista, mas prossegui na leitura mesmo sem compreender quase nada. Parece que não estudei de verdade, senti que estava somente "vendo letras". Saí do trabalho às seis e meia, corri para a estação de metrô Sé (sempre lotada neste horário), e me apressei para chegar ao curso sem muito atraso. A chuva, apesar de não ser das fortes, era insistente a ponto de me encharcar as meias e os pés. Chegando à Globalcode, primeiramente me dirigi ao toalete a fim de tirar os sapatos e meias e secar os pés com papel toalha. Espremi as meias e consegui pingar fora delas algumas gotas de chuva; moldei uma camada de várias folhas de papel toalha em cada pé, colocando as meias e os sapatos por cima desta "esponja" improvisada. Todo esse procedimento fiz sentado sobre a tampa do vaso santário da escola; precisei gastar um bocado de papel até sentir que meus pés estavam finalmente secos.
A aula foi tão complicada quanto o estudo da apostila de hoje de manhã. Apesar de ter dado uma boa olhada na matéria com antecedência, as palavras do instrutor soavam para mim como se fossem grego. Aprender toda essa gama de conhecimentos e pormenores que compõem o vasto universo da informática é tarefa realmente árdua, que exige dedicação, trabalho mental e tempo de estudo. Porém isso não me desmotiva, pois percebo que minhas dificuldades são também as mesmas dificuldades de todos; nenhum de meus colegas na turma parecia ser "expert" no assunto, a coisa toda não estava realmente fácil pra ninguém.

Saí bastante exausto da aula, tomei o rumo do shopping Pátio Paulista e desci a Treze de Maio sob um leve chuvisco. Enquanto caminhava, acalentava meus projetos de aprender muito mais sobre computação até o fim deste ano, estudando web design (já tenho um curso completo em videoaulas), Java, redes etc. Obviamente que o caminho é por demais longo e trabalhoso, mas se creio em meu sonho, então ele deixa de ser simples sonho e passa a valer a pena. E para o ano que vem estou determinado, sim, a ingressar no curso de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas; ensino superior a distância pela Unopar.
Decidi meditar por vinte minutos ao chegar em casa, em meu quarto, concentrando-me na chama de uma vela estilizada com ideogramas japoneses, presente de uma ex-namorada. Pela primeira vez consegui meditar com as pernas em posição completa de lótus. Foi um momento especial de silêncio e serenidade pra mim, algo que posso definir como uma boa solidão.
Tomei os habituais 2g de rivotril, fui para a cama e assisti no tablet a uma palestra do Lama Samten durante uns quinze minutos, antes de ser envolvido de vez por um sono arrebatador e tranquilo.

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